DE ILHÉUS A ITACARÉ

Saímos de Ihéus às 9 horas a motor, um pouco antes dos amigos suiços, com vento fraco de popa rasa e ondas pelo través, um saco!
Seguimos assim a maior parte do tempo. Não pegamos chuva por sorte, mas as nuvens estavam por toda parte. A rota de entrada foi feita baseada no guia náutico da Bahia e quase nos demos mal, porque a barra está diferente do que era à anos atrás.

 

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Chegando a Itacaré.

 

Logo ao passar o farol vimos que haviam ondas quebrando ao longo da rota. Fiquei apreensivo, baixei a velocidade e logo um pescador de nome Mamá, com sua canoa a motor nos chamou para seguí-lo, pois tinha percebido que estávamos entrando errado. Fomos atrás dele até um ancoradouro seguro, que fica passando um pouco a cidade, atrás do banco de areia à direita de quem está entrando. Ancoramos o TAO perto de um veleiro francês que vem aqui sempre. Quem possue o guia náutico do Marçal Ceccon pode usá-lo com segurança pois está correto. O lugar é lindo, mas não é tão bom para se ficar de barco. De noite quando a maré baixou o TAO tocou com a quilha no fundo, bem de leve. Acordamos cedo tomamos café e vimos as tais "baronesas", que já tinham nos falado, descendo na correnteza do Rio de Contas, elas são ilhotas de aguapé que se desprendem das encostas do rio, trazendo junto pedaços de paus emaranhados e até pequenos animais como cobras e também grilos, como um que nos acompanhou, escondido num cantinho do TAO, cantando todas as noites até Maraú em Camamu!

 

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Local da ancoragem com o veleiro francês ao fundo e uma das

"baronesas" que passaram ao lado.

 

Isso acontece quando chove muito na cabeceira do rio. Uma delas veio direto a nós. Não tínhamos o que fazer, só esperar que ela se enroscasse na corrente da âncora. Ela não era muito grande mas deu um trabalhão para nos desvencilharmos porque se grudou também na quilha e no leme.

 

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O Ricardo na popa lutando contra a baronesa!

 

Peguei um facão e comecei a cortar os aguapés, mas a luta era inglória. Nesse momento chegou outra canoa com moradores que prometeram nos ajudar com ancinhos e um facão maior, era só esperar que fossem levar as mulheres a terra. Depois de um tempo veio o Neidson.

 

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O Neidson em ação... Praia do Pontal ao fundo.

 

Trabalhamos bastante, ele mergulhou para desenroscar o leme, com um certo receio das possíveis cobras. Depois de resolvido ficamos amigos e demos presentes para ele e sua família. Ele foi embora feliz. Depois da tal experiência pensamos em partir no dia seguinte, mas sugeri que ficássemos poucos dias só para conhecermos a cidade e suas famosas e belas praias.

 

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Praia da Coroinha a esq. e praia do Pontal a dir. tirada da Ponta do Xaréu.

 

 

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Praia da Concha, com o início das rochas da ponta do farol.

 

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Os restaurantes da Praia da Concha.

 

 

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 Ponta do farol.

 

Concordamos de ir embora na segunda feira, depois da final da copa das Confederações onde o Brasil iria jogar com a Espanha. Mas mesmo assim já deixei pronta uma segunda âncora na popa pronta para largar assim que acontecesse novo problema com as baronesas. Mas foi "sorte" de principiante, pois no resto da estada não tivemos mais problemas. Os dias também foram lindos, sem chuvas. Fizemos alguns passeios pelas praias e almoçamos num restaurante de frente pro mar com preço bem razoável, R$30, 00 para nós dois!

 

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Praia  de Resende.Bem ao fundo o morro que separa a Praia de

Costa da Praia da Ribeira.

 

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Praia da Tiririca e praia da Costa ao fundo.

 

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Praia de Costa com a Tiririca ao fundo.

 

No sábado quando voltávamos da cidade com as compras para a viagem, apareceu uma lancha da marinha e nos abordou pedindo os documentos do bote e indagando sobre o não uso dos salva-vidas. Respondi que eramos do veleiro ancorado a frente e que mostraria todos os documentos. Eles logo perceberam que não eramos seu público alvo, pequenas embarcações e jet-skis, sem equipamentos de segurança. 

 

 

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A pequena Praia da Ribeira, olhando para as praias de Costa e Tiririca.

 

Infelizmente tivemos que ir embora de Itacaré, por dois motivos, um é o tempo, que não pára prá ninguém e ainda tínhamos bastante chão pela frente, e também porque todas as noites na praia havia "baladas" com música altíssima que não nos deixava dormir!
Às 10 horas da manhã, aproveitando a maré de quadratura passamos pela barra com segurança. Foi bem tranquilo com profundidade mínima de 2,6 metros. Nosso destino é a Baía de Camamu...



24/12/2013
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