LAGUNA - ENSEADA DA PINHEIRA

De 14 a 16 de maio

 

Incrivelmente decidimos levantar âncora em outra sexta-feira, pois teríamos uma janela de tempo suficiente para alcançarmos a enseada da Pinheira e mais tarde Florianópolis.

O dia estava bonito com sol e poucas nuvens. Às 7:45 a âncora já estava presa ao púlpito do TAO e começávamos a seguir rumo à barra do porto de Laguna já com a vela mestra içada. Não era só a Marga que estava preocupada com as possíveis ondas na boca da barra, mas tínhamos que seguir em frente! Já ao longe podíamos ver ondas quebrando e a correnteza nos levando para o matadouro! Perto da boca, pescadores se admiraram em ver-nos saindo e gritavam dos molhes para voltarmos, que não dava para sair! Na verdade, mesmo que eu quisesse voltar não poderia mais, tal a força da correnteza nos empurrando para fora do canal! Para o TAO ter governo acelerei o motor a 3 mil giros fazendo mais de 8 nós. Quando levantou a 1ª onda, fiquei de boca aberta: era muito grande e cavada, chegava acima do punho da genoa! O TAO encarou, subiu e caiu à frente fazendo um estrondo horrível! Mas mal deu para pensar, outra igual chegou com vontade de quebrar tudo! Nesta o TAO subiu de novo e desceu mergulhando metade do convés na água!  À medida que íamos avançando devagar, ficávamos mais confiantes que tudo sairia bem. A única coisa que eu teria que manter era a proa sempre reta para as ondas, evitando que ficasse de lado e jogasse o barco para as pedras dos molhes. Depois de um total de 5 ondas daquele tamanho, já estávamos fora da barra e safos, velejando ajudados com o motor que nesta altura voltava para os 2 mil giros normais de cruzeiro.

A Marga ficou meio em estado de choque, e eu com uma sensação de vitória, aliviado por ter dado tudo certo, mas preocupado com ela e com sua reação. Mas como foi uma decisão em conjunto, ela, apesar do medo me disse que estava bem e feliz por tudo ter dado certo.

Seguimos com motor e vela numa singradura de 6 horas. Chegamos na Enseada da Pinheira às 14:30. Lá estavam dois veleiros ancorados, um deles chama-se Karma, amigos do Veleiro Ypake.

veleiro Karma, na enseada da Pinheira

O outro veleiro era o mesmo que encontramos quando saíamos de Rio Grande.

Veleiro amarela na enseada da Pinheira

Infelizmente não tivemos contato com nenhum deles, pois no sábado fiquei o dia todo consertando o solenóide do guincho da âncora que às vezes falhava e no domingo bem cedo seguimos para o Veleiros da Ilha em Florianópolis.                       

 



17/05/2010
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