O MOMENTO MAIS IMPORTANTE

Essa etapa começou na terça-feira com a compra da chapa nova medindo 3,0 x 1,20m com mesma espessura da anterior, 3mm que custou apenas R$235,00. Achei relativamente barata pelo tamanho e porque vou usá-la para os dois lados, ou seja, a chapa será cortada ao meio e ainda sobrará alguns pedaços que guardarei para futuros serviços. A segunda parte foi levá-la para fazer o jateamento para permitir uma boa ancoragem da tinta. Neste caso foi usado o óxido de alumínio, já que o antigo jato de areia é proibido por lei por causar a silicose, que afeta os pulmões. Se esta regra fosse seguida à risca, as prefeituras deste nosso país teriam que pavimentar muitas ruas e vielas dos subúrbios onde carros e caminhões passam levantando densas poeiras e fazendo as pessoas literalmente comerem areia. Mas voltando ao nosso assunto, o jateamento é um processo baseado em normas técnicas específicas que designam para diversos fins, os níveis de rugosidade que a chapa deve ter. Mas na prática é difícil saber em qual nível do processo o jateador a entregará. Mas a verdade é que mesmo assim é ainda a melhor forma de livrá-la de impurezas e de dar a textura necessária para a ancoragem da tinta. Me preparei para, assim que a chapa saísse do jateamento, dar a primeira demão da tinta Intergard 269. O ideal é sempre pintar o mais rápido possível e com tempo seco.

Paguei pelo jateamento R$85,00.

 

A chapa jateada e pintada

 

Com tudo na mão, eu precisava de um soldador profissional que conhecesse bem o trabalho. Tive a grande sorte de poder contar com a pessoa que, junto com o Ari Vilasboas, construiu o TAO há 19 anos.

Seu apelido é Malo, como é conhecido por todos. Juntos eles construíram diversos veleiros e trollers de excelente acabamento e durabilidade. Talvez alguém se pergunte por que eu optei por contratar um profissional para esse serviço, ao invés de eu mesmo fazê-lo. Primeiramente a chapa deve ser encaixada perfeitamente na abertura cortada. Como é um tamanho relativamente grande, não há espaço para erros. Falamos aqui em diferenças entre 1 ou 2 milímetros que podem prejudicar o trabalho na hora da soldagem.

 

Malo a postos

 

A segunda dificuldade é que a chapa deve ser soldada por cima e também por baixo. Isso significa que o soldador precisa ser um especialista em "solda sobre-cabeça". A dificuldade começa em evitar que a lei da gravidade faça escorrer a solda do local. Um soldador sem essa experiência, como eu, além de levar muito tempo, deixaria a região da solda com muitas imperfeições e também sairia com várias queimaduras ao longo do corpo, pois a solda liquida costuma cair em cima da gente. Quando são soldas pequenas, eu até faço sem problemas, mas um trabalho deste porte eu não me animo!!

Nesse tipo de trabalho também é preciso evitar tensões (contrações) geradas pelo excesso de calor ao longo do cordão de solda, o que poderia tornar perigoso de se romper, no caso de um impacto do barco em algo ou até mesmo navegando com ondas muito grandes.

Para deixar tudo pronto para o Malo fazer seu trabalho, eu ainda tive que desligar as baterias, a placa solar e retirar todos os 100 litros de diesel do tanque, que fica dentro da quilha, e completá-lo com água, para evitar alguma explosão. Pelo menos serei obrigado a fazer uma limpeza do tanque quando eu voltar!

Essa etapa deverá ser feita em uma semana, enquanto eu estiver em Porto Alegre. 



23/03/2011
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